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A Terra fala e InSAR escuta: A tecnologia que antecipa e protege

A evolução das geotecnologias aplicadas ao monitoramento ambiental e de infraestruturas vem ganhando força. Nesse cenário, a Interferometria por Radar de Abertura Sintética (InSAR) se destaca. Trata-se de uma das ferramentas mais avançadas e eficazes para a detecção remota de deslocamentos na superfície terrestre.
O InSAR é capaz de identificar deformações milimétricas acumuladas ao longo do tempo. Isso permite o acompanhamento sistemático de infraestruturas críticas, como barragens, ferrovias, portos, aeroportos e áreas urbanas. Com base nesses dados, é possível adotar ações preditivas antes que ocorram falhas estruturais ou desastres geotécnicos.
InSAR na prática: Prevenção silenciosa, impacto real
Diferente de tecnologias que dependem de sensores em campo, o InSAR opera com base em dados orbitais. Isso permite alcançar alta densidade espacial e temporal. Além disso, a tecnologia é capaz de cobrir áreas extensas com um nível de precisão excepcional.
Ao detectar variações sutis de altitude na superfície terrestre, a metodologia oferece subsídios técnicos valiosos para:
- Avaliação da estabilidade de taludes e encostas
- Monitoramento de subsidência em áreas urbanas e industriais
- Diagnóstico da integridade estrutural em obras lineares e reservatórios
- Apoio a políticas públicas de ordenamento territorial e mitigação de risco
De dados orbitais a decisões no solo: o impacto do InSAR
Nas operações de mineração, o InSAR monitora deformações desde pequenos movimentos até quedas repentinas em barragens e taludes, sem necessidade de instalar instrumentos no local.
Na engenharia civil, o InSAR é utilizado para análises históricas do terreno, auxiliando no planejamento, design e operação de infraestruturas como túneis, ferrovias e rodovias.
A plataforma TREmaps® permite que gestores visualizem em 2D e 3D milhões de pontos de medição, com filtros dinâmicos, séries temporais e exportação de dados para uso técnico (SHP, KML, GeoDB, CSV).
O monitoramento pode ser contínuo, de intervalos semanais a mensais, e em escala regional ou nacional, com alertas precoces para movimentações críticas, incluindo subsidência urbana e instabilidades em larga escala.
Participação no SBSR 2025
Durante o Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto 2025 (SBSR 2025), a CLS Brasil, em parceria com a TRE ALTAMIRA, apresentou aplicações concretas da tecnologia InSAR em diversos contextos geográficos do Brasil e do exterior.
Foram destacados casos em regiões de alta complexidade geomorfológica, nas quais o monitoramento contínuo, não intrusivo e em escala regional é fundamental para garantir a resiliência de infraestruturas e a segurança de populações expostas a riscos.
A participação no evento reforça o compromisso da CLS e da TRE ALTAMIRA em entregar soluções avançadas de monitoramento via satélite, capazes de atender aos desafios enfrentados por setores estratégicos como energia, transporte, meio ambiente, mineração e defesa civil.